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Tipos de Relevo
Tipos de Relevo

A superfície terrestre é composta por diferentes tipos de relevo: montanhas, planícies, planaltos e depressões.

As diferentes feições da superfície formam os diferentes tipos de relevo 
As diferentes feições da superfície formam os diferentes tipos de relevo

relevo corresponde às variações que se apresentam sobre a camada superficial da Terra. Assim, podemos notar que o relevo terrestre apresenta diferentes fisionomias, isto é, áreas com diferentes características: algumas mais altas, outras mais baixas, algumas mais acidentadas, outras mais planas, entre outras feições.

Para melhor analisar e compreender a forma com que essas dinâmicas se revelam, foi elaborada uma classificação do relevo terrestre com base em suas características principais, dividindo-o em quatro diferentes formas de relevo: as montanhas, osplanaltos, as planícies e as depressões.

Montanhas

Os Alpes, na Europa, formam uma cadeia de montanhas
Os Alpes, na Europa, formam uma cadeia de montanhas

As montanhas são formas de relevo que se caracterizam pela elevada altitude em comparação com as demais altitudes da superfície terrestre. Quando tidas em conjunto, elas formam cadeias chamadas decordilheiras, a exemplo da Cordilheira dos Andes, na América do Sul, e da Cordilheira do Himalaia, na Ásia.

Existem quatro tipos de montanhas: as vulcânicas, que se formam a partir de vulcões; as de erosão, que surgem a partir da erosão do relevo ao seu redor, levando milhões de anos para serem formadas; asfalhadas, originadas a partir de falhamentos na crosta, que geram uma ruptura entre dois blocos terrestres, ficando soerguidos um sobre o outro; e as dobradas, que se originam a partir dos dobramentos terrestres causados pelo tectonismo. De todos esses tipos, o último é o mais comum.

Planaltos

Imagem do planalto tibetano
Imagem do planalto tibetano

Os planaltos – também chamados de platôs – são definidos como áreas mais ou menos planas que apresentam médias altitudes, delimitações bem nítidas, geralmente compostas por escarpas, e são cercadas por regiões mais baixas. Neles, predomina o processo de erosão, que fornece sedimentos para outras áreas.

Existem três principais tipos de planaltos: os cristalinos, formados por rochas cristalinas (ígneas intrusivas e metamórficas) e compostos por restos de montanhas que se erodiram com o tempo; osbasálticos, formados por rochas ígneas extrusivas (ou vulcânicas) originadas de antigas e extintas atividades vulcânicas; e os sedimentares, formados por rochas sedimentares que antes eram baixas e que sofreram o soerguimento pelos movimentos internos da crosta terrestre.

Planícies

O Rio Amazonas é cercado por uma área de planície
O Rio Amazonas é cercado por uma área de planície

São áreas planas e com baixas altitudes, normalmente muito próximas ao nível do mar. Encontram-se, em sua maioria, próximas a planaltos, formando alguns vales fluviais ou constituindo áreas litorâneas. Caracterizam-se pelo predomínio do processo de acumulação e sedimentação, uma vez que recebem a maior parte dos sedimentos provenientes do desgaste dos demais tipos de relevo.

Depressão

Mar morto, exemplo de depressão absoluta
Mar morto, exemplo de depressão absoluta

São áreas rebaixadas que apresentam as menores altitudes da superfície terrestre. Quando uma localidade é mais baixa que o seu entorno, falamos em depressão relativa, e quando ela se encontra abaixo do nível do mar, temos a depressão absoluta. O mar morto, no Oriente Médio, é a maior depressão absoluta do mundo, ou seja, é a área continental que apresenta as menores altitudes, com cerca de 396 metros abaixo do nível do mar.


Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia

 

Acidentes Geográficos

Os acidentes geográficos são a expressão da dinamicidade da Terra.

 Juba, cidade do Sudão do Sul, ao redor do Rio Nilo. Um exemplo da relação entre os acidentes geográficos naturais e artificiais 
Juba, cidade do Sudão do Sul, ao redor do Rio Nilo. Um exemplo da relação entre os acidentes geográficos naturais e artificiais

Um acidente geográfico é um termo genérico utilizado para se referir a qualquer alteração ou transformação que ocorre sobre a superfície terrestre. Portanto, dependendo do ponto de vista, qualquer forma de relevo ou composição estrutural pode ser considerada como um exemplo de acidente geográfico.

Os acidentes geográficos costumam ser divididos em dois tipos: os acidentes naturais e os acidentes artificiais. A primeira expressão refere-se aos fenômenos da natureza, como a formação de rios e lagos, a constituição de canyons ou a ocorrência de vulcanismos e terremotos. Já o segundo termo é aplicado sobre as atividades e construções humanas, como a formação de cidades, a devastação ou reconstrução de florestas, entre outros elementos.

Compreender os acidentes geográficos é compreender, assim, todas as variações existentes sobre a superfície, bem como os processos sistemáticos de transformação da dinâmica da Terra.

É interessante perceber, também, como ocorre a relação entre os acidentes naturais e os artificiais.

A construção de uma cidade, que é um acidente artificial, poder ocasionar o surgimento de acidentes naturais, como a ocorrência de processos erosivos em zonas de elevada declividade ou o assoreamento de rios. Além disso, os acidentes naturais também podem intervir diretamente sobre como o ser humano constrói o seu espaço. O surgimento do Rio Nilo pode ser considerado como um acidente geográfico natural que forneceu condições para a ocorrência de um acidente geográfico artificial, que foi a formação da civilização egípcia.

Os acidentes geográficos são a evidência da dinamicidade do planeta que, desde o seu surgimento, há mais de 4,5 bilhões de anos, sempre esteve em constante transformação.


Por Rodolfo Alves Pena

Agentes formadores do relevo

Os agentes formadores do relevo podem ser internos ou externos. Essas forças atuam juntamente no processo de formação e modelagem do relevo.

A neve é um agente formador do relevo 
A neve é um agente formador do relevo

O relevo é caracterizado como o conjunto de variações de nível da superfície terrestre. Os agentes formadores do relevo são responsáveis por um processo contínuo e dinâmico na transformação morfológica, sendo classificados em agentes internos (tectonismo, abalos sísmicos e vulcanismo) e agentes externos (vento, chuvas, neve, alternâncias de temperatura, seres vivos, etc.).

As placas tectônicas estão em constante movimento, fato que pode desencadear a colisão entre diferentes placas, desde que estejam em uma zona de convergência. Esse fenômeno é uma das consequências das forças endógenas (internas) do planeta, atuando de forma decisiva na formação e modelagem do relevo.

Os agentes internos provocam a elevação de determinadas áreas e o rebaixamento de outras. O tectonismo, caracterizado pelo movimento da crosta terrestre, altera as rochas, que podem sofrer enrugamentos, modificando o relevo. Os vulcões proporcionam que o magma (material líquido oriundo do manto terrestre) atinja a superfície terrestre, atuando como um agente modelador do relevo.

As forças externas, também chamadas de forças exógenas, têm função importantíssima na formação do relevo, assim como as forças internas. O intemperismo físico atua no processo de “desgaste” das superfícies rochosas. Esse fenômeno consiste na alteração das rochas em razão da alternância da temperatura, em que o calor provoca a dilatação das rochas; e o frio, a contração. A repetição desse processo durante anos modela o relevo.

As águas das chuvas e dos rios, a neve e o vento também são agentes modeladores do relevo. A água pode alterar a composição das rochas, causando o intemperismo químico. Com isso, ocorre a desagregação das rochas, que podem se romper ou desencadear erosões. A ação dos ventos também contribui para a aceleração desse processo.

No entanto, atualmente o homem é o principal responsável pelas modificações no relevo. A expansão das áreas urbanas, a construção de rodovias, escavação para a exploração de minerais, entre tantas outras atividades antrópicas atuam de forma significativa na formação e modelagem do relevo.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Relevo brasileiro

Planaltos, depressões e planícies formam o relevo brasileiro.

O relevo apresenta diferentes formações que são consequências das ações de agentes endógenos (resultado da energia do interior do planeta que se manifesta pela dinâmica ou tectônica das placas) e agentes exógenos (associados ao clima da área, como as chuvas, ventos e geleiras, que criam ou dão as formas esculturais ao relevo através de um processo erosivo).

relevo brasileiro tem formação antiga e resulta, principalmente, da sucessão de ciclos climáticos e da ação das forças internas da Terra, como a movimentação das placas tectônicas, as falhas e o vulcanismo.

Existem diferentes classificações do relevo brasileiro, cada uma obedecendo a um critério. Entre as mais conhecidas estão a realizada em 1940 pelo professor Aroldo Azevedo, que utilizou como critério o nível altimétrico. Na década de 1950, o professor Aziz Ab´Saber apresentou uma nova classificação, baseando no processo de erosão e sedimentação. A mais recente classificação do relevo brasileiro é de 1995, elaborada pelo professor do departamento de geografia da Universidade de São Paulo (USP), Jurandyr Ross. Seu trabalho tem como referência o projeto Radambrasil, um levantamento realizado no território brasileiro, entre 1970 e 1985, com um equipamento espacial de radar instalado em avião. Ross considera 28 unidades de relevo, divididas em planaltos, planícies e depressões.


Pico da Neblina

Planaltos – São formas de relevo elevadas, com altitudes superiores a 300 metros. Podem ser encontradas em qualquer tipo de estrutura geológica. Nas bacias sedimentares, os planaltos caracterizam-se pela formação de escarpas em áreas de fronteira com as depressões. Formam também as chapadas, extensas superfícies planas de grande altitude. Com 3.014 metros, o pico da Neblina é o ponto mais alto do relevo brasileiro.

Depressões – São áreas rebaixadas em consequência da erosão, que se formam entre as bacias sedimentares e os escudos cristalinos. Algumas das depressões localizadas às margens de bacias sedimentares são chamadas depressões marginais ou periféricas. Elas estão presentes em grande número no território brasileiro e são de variados tipos, como a depressão da Amazônia Ocidental (terrenos em torno de 200 metros de altitude).

Planícies – São unidades de relevo geologicamente muito recentes. É uma superfície extremamente plana, sua formação ocorre em virtude da sucessiva depressão de material de origem marinha, lacustre ou fluvial em áreas planas. Normalmente, estão localizadas próximas do litoral ou dos cursos dos grandes rios e lagoas, como as planícies da lagoa dos Patos e da lagoa Mirim, no litoral do Rio Grande do Sul.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Serras

As Serras são um tipo de relevo acidentado com característica ondulada (uma parte alta seguida de outra num nível menor). Dentre as Serras presentes no Brasil podemos citar a Serra da Mantiqueira e a Serra do Mar.

Serra da Mantiqueira

Serra da Mantiqueira | Foto: Reprodução

Chapadas

As Chapadas mais conhecidas no Brasil são a Chapada Diamantina e a Chapada dos Guimarães. Este tipo de relevo está situado em locais de altitudes médias a elevadas e possui uma superfície geralmente plana devido à erosão e onde sua altitude se diferencia da área ao redor.

Chapada dos Guimarães

Chapada dos Guimarães | Foto: Reprodução